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PAPAGAIO OU ALFACE

Certa vez o Santa Marta foi jogar em Jubai, aqui bem perto de Uberaba e naquela época era comum cisternas, pomares, Hortas e etc  perto do campo de jogo. Qualquer lugar se fazia um campo.

O time chegou e sempre tinha aquele jogador que precisava de um momento sozinho para dar um salve na fumaça do capeta antes do jogo. Enquanto trocávamos as margens do gramado, víamos um colega de jogo dando tapa numa alface agachado junto dela. Soprava , dava cada tapa forte.

Todo mundo estranhou. Com muita curiosidade um dos companheiros foi lá e perguntou: 

_ O (fulano) que você ta fazendo ai com a Alface?

Ai ouviu a explicação:

_ Rapaz que Alface? to aqui a dez minutos dando tapa nesse Papagaio e ele não sai do lugar, acho que não sabe voar!!!!!

O técnico preferiu não escalar ele para jogar

ONDE VOCÊ JOGOU, VAI VENDO

Jogando a extinta taça Uberlândia pelo Fabrício na categoria Junior, pegamos o Botafogo de Ribeirão Preto. Uma potência na base naquela época. Para se ter uma ideia ficamos dez minutos sem pegar na bola, só batíamos tiro de meta no inicio.

A certa altura do jogo vimos que o meia esquerda deles ditava a orquestra, e todos esperavam uma oportunidade para dar uma chegadinha nele. Eis que meu quarto homem do meio campo tem a chance e chega o sarrafo. O cara cai e levanta logo e o chama de perna de pau. Ele rapidamente como é de costume dos boleros da região perguntou:

_ Onde você já jogou?O Paulistinha?

e o cara na hora respondeu

_ No Morumbi, no Pacaembu, no Canindé, e você?

e também sem pensar muito meu parça responde:

_ Eu já joguei no Corintinha, em Ponte alta, no Antonio Próspero

Meu capitão veio correndo e falou para ele parar que estava ficando feio mas ai ele completou

_ Aposto que lá ele não jogou! Quer Apostar !

Depois dessa viemos embora com empate e rindo toda hora que lembrávamos do episódio.

JOGADOR CIENTISTA

Jogando ainda pelo Fabrício em 1986 fomos fazer o clássico contra o Independente no Antonio Dal Sechi. Um dos nosso jogadores chegou lá com um preparado a base de pó de guaraná e mais um monte de ingredientes e disse que era para dar energia, sendo o produto sua criação.

 Ofereceu para todo mundo, mas só ele fez o consumo já que a cor da coisa não agradou ninguém.

O jogador tomou todo preparado, só que na realidade meu técnico o colocou no banco, ele não imaginava isso. 

A partida começou e a gente começou a observar que ele não ficava parado no banco. Levantava, fazia o famoso polichinelo, pulava como se tivesse aquecendo, quando precisava do massagista ele que entrava com a bolsa de remédios no campo.

Infelizmente para ele,  acabou não entrando em campo, mas na outra semana ficamos sabendo que ele morava próximo ao bairro pontal e foi embora correndo, chegou em casa e ainda fez 240 flexões. Eta preparado bão! Até hoje ouve piada.